Os Compradores Romenos de Roupões de Banho na Grécia

Os compradores romenos de roupões de banho na Grécia

O nosso cliente, uma companhia de seguros de crédito à exportação, adjudicou à IA Group uma investigação sobre a reclamação de um dos seus tomadores de seguro na China. O tomador de seguro tinha um devedor que recusava pagar uma fatura de 135 000 USD.

A nossa investigação teve início com uma análise pormenorizada da fatura, da mercadoria vendida e da identidade do devedor.

O segurado era um fabricante de roupões de banho e calças para senhora. Esta empresa vendeu mercadorias a uma empresa romena, que pretendia que as referidas mercadorias fossem entregues no porto do Pireu, na Grécia. O comprador e o vendedor acordaram em condições de pagamento que previam o pagamento de 1000 USD como depósito e o remanescente contra uma cópia do conhecimento de embarque. De facto, a empresa romena pagou os primeiros 1000 USD. No momento da entrega das mercadorias por parte do vendedor, o comprador pediu que as libertasse mediante a promessa de proceder ao pagamento no prazo de três meses. O tomador de seguro comunicou o facto à seguradora de crédito à exportação, cliente da IA Group.

Os representantes da IA Group na Grécia deram início a uma investigação sobre a identidade da empresa compradora junto da Conservatória do Registo Comercial e de fontes públicas. A IA Group entrou em contacto com os compradores. Embora a empresa estivesse matriculada na Roménia, ninguém falava a língua romena.

Face ao grande número de factos estranhos, a equipa de investigação da IA Group tratou o caso como suspeita de fraude.

Com vista a determinar a autenticidade dos compradores, a equipa de investigação da IA Group pediu-lhes que apresentassem um documento escrito com assinatura e carimbo. Este documento serviu para provar que o endereço referido estava incompleto e que o carimbo não cumpria a legislação romena. Além disso, o nome do comprador, como constava do carimbo, era ligeiramente diferente do nome do comprador registado na Conservatória do Registo Comercial romeno. A IA Group solicitou que o comprador fornecesse a certidão permanente da empresa para uma investigação mais aprofundada. Considerou-se que a certidão facultada era falsa devido aos seguintes factos:

  1. erros ortográficos,
  2. o formato do carimbo não cumpria a lei, e
  3. a assinatura não correspondia à do diretor efetivo da empresa.

Os investigadores da IA Group conseguiram localizar a empresa que alegadamente tinha encomendado as mercadorias. Os compradores negaram ter efetuado a encomenda e confirmaram que as assinaturas e os carimbos apostos nos documentos comerciais eram falsos.

Os investigadores do IA Group conseguiram localizar a empresa que alegadamente tinha encomendado as mercadorias. Os compradores negaram ter efetuado a encomenda e confirmaram que as assinaturas e os carimbos apostos nos documentos comerciais eram falsos.

Entretanto, a IA Group manteve-se em contacto permanente com a empresa de transporte para verificar eventuais custos, porque os compradores romenos dos roupões de banho não tinham levantado a mercadoria. A IA Group recomendou que o vendedor não libertasse as mercadorias sem pagamento, suspeitando que os compradores fraudulentos pudessem desaparecer se as mercadorias lhes fossem entregues sem pagamento prévio.

O jurista local da IA Group na Grécia contactou os compradores fraudulentos para convencê-los a pagar e, desse modo, minimizar as perdas sofridas pelo vendedor. Loco que os compradores se aperceberam de que não conseguiriam levantar a mercadoria sem efetuar o respetivo pagamento, desapareceram, deixando a mercadoria no porto do Pireu.

Nessa fase, o vendedor ficou com duas opções:

  • recuperar a mercadoria
  • abandonar a mercadoria

Considerando os elevados custos de sobrestadia a pagar (perto de 30 000 EUR) e o facto de os custos de devolução das mercadorias serem igualmente muito elevados, a IA Group aconselhou que o reclamante abandonasse a mercadoria e deixar que fosse leiloada.

A companhia de seguros de exportação liquidou a reclamação ao tomador da apólice e conseguiu recuperar algum dinheiro com o leilão da mercadoria. Embora os burlões tivessem desaparecido, pelo menos, não conseguiram deitar a mão à remessa de roupões e calças.